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Relatório revela abusos nos cuidados no fim da vida na Grã-Bretanha

Relatório denuncia diagnósticos e avaliações errôneas de hospitais.

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Idosa em hospital
Ilustração de idosa em hospital (Foto: Sarcifilippo/Pixabay)

De acordo com um novo relatório interparlamentar sobre o estado atual dos cuidados com o fim da vida na Grã-Bretanha, muitos pacientes vulneráveis estão sendo submetidos a “tratamento desumano” e “morte prematura e desnecessária”.

Nesse sentido, o relatório chamado “When end of life care goes wrong”, (Quando cuidados de fim de vida dão errado) foi preparado pelo Lords and Commons Family and Child Protection Group (LCFCPG) e contém 17 estudos de casos medicamente avaliados de quando os cuidados caíram abaixo dos padrões esperados.

De acordo com Christian Today, os estudos de caso são extraídos de mais de 600 reclamações sobre padrões de cuidados de fim de vida apresentadas ao grupo como parte de sua investigação. O LCFCPG disse que as centenas de queixas variam de falhas clínicas a “abuso flagrante”, e eram “a ponta de um iceberg muito grande”.

Além disso, pacientes foram colocados em planos de assistência de fim de vida apesar de terem sido internados no hospital por condições aparentemente triviais, como constipação. Outras pessoas internadas no final de suas vidas estão recebendo “tratamento indigno e insensível” que não leva em conta seus desejos ou preocupações, nem as de suas famílias.

“Como mostra este relatório, diagnósticos e avaliações errôneas quanto à qualidade de vida são muito comuns. Isto, juntamente com a falta de apreço pelo respeito e cuidado necessários para aqueles que se aproximam de seus últimos dias é, em todos os sentidos, uma combinação fatal”, disse o relatório.

Desta forma, o relatório citou o uso excessivo e inadequado de midazolam e morfina, tornando um paciente em coma, juntamente com a retirada de alimentos e hidratação, que combinaram-se para impor uma sentença de morte que, no clima atual, é extremamente difícil de ser contestada.

Por fim, Lynda Rose, sacerdote anglicana e convocadora da LCFCPG, descreveu as descobertas como “horripilantes”. Ela aponta que o relatório mostra claramente que diagnósticos e avaliações errôneas quanto à qualidade de vida e proximidade com a morte são perturbadoramente comuns.

“A vida é importante, e cada último momento da vida é importante para aqueles ligados pelo amor (…) precisamos acabar com o abuso agora e garantir que os vulneráveis, cujas vozes são tão frequentemente ignoradas, sejam respeitados e que recebam os melhores cuidados possíveis que a sociedade possa oferecer”, afirmou.

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