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Secretário de Defesa ora ‘ao Rei Jesus’ e irrita imprensa dos EUA

Na quarta-feira, 22 de maio, o Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, conduziu uma oração cristã durante um evento voluntário no Pentágono, em Arlington, Virgínia. O encontro, intitulado “Serviço de Oração e Adoração Cristã do Secretário de Defesa”, teve duração de 30 minutos e pode vir a se tornar mensal, segundo afirmou Hegseth, conforme publicado pelo The New York Times.
Durante a oração, o secretário dirigiu-se a Jesus como rei e pediu direção divina para a nação. “Rei Jesus, viemos humildemente diante de ti, buscando tua face, buscando tua graça, em humilde obediência à tua lei e à tua palavra”, declarou Hegseth.
Em seguida, ele acrescentou: “Senhor Deus, pedimos sabedoria para ver o que é certo e, em cada dia, em cada circunstância, a coragem de fazer o que é certo em obediência à Tua vontade. É em nome de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo, que oramos. E todo o povo de Deus diga amém”. Parte da plateia respondeu: “Amém”.
A repercussão do evento incluiu críticas de juristas, ativistas e veículos de comunicação, que alegam que a cerimônia pode violar a Cláusula de Estabelecimento da Primeira Emenda da Constituição dos EUA, que veda ao Estado o endosso de uma religião específica.
A tenente-coronel da reserva Rachel VanLandingham, ex-advogada do Pentágono e professora de Direito na Southwestern Law School, considerou o serviço “incrivelmente problemático”. Em entrevista à CNN, ela afirmou: “O cerne da Cláusula de Estabelecimento é o estado não endossar uma religião específica, mas ter um evento transmitido é obviamente um endosso, mesmo que não digam oficialmente: ‘este é um evento do Pentágono’”.
Críticas mais incisivas partiram de Mikey Weinstein, fundador da organização Military Religious Freedom Foundation, que há duas décadas atua na remoção de símbolos religiosos das Forças Armadas. Em um vídeo publicado em seu site na quarta-feira, Weinstein comparou o episódio ao Holocausto. “É indescritível. Isso destrói nossa Constituição, e é algo que não podemos deixar acontecer”, declarou.
O The New York Times, ao cobrir o culto, mencionou a tatuagem em latim de Hegseth — “Deus Vult” — expressão utilizada durante a Primeira Cruzada, em 1095, que gerou acusações de extremismo religioso por parte de críticos. Em janeiro, a senadora Elizabeth Warren, do Partido Democrata, enviou uma carta de 33 páginas ao secretário, descrevendo a tatuagem como sinal de que ele representa uma “ameaça interna”.
Em defesa de Hegseth, Erin Smith, conselheira associada do First Liberty Institute, argumentou que a prática religiosa do secretário está protegida pela Constituição. “O exercício da fé religiosa do Secretário Hegseth é protegido, assim como foi para os Navy SEALs que representamos contra o governo anterior, quando este tentou expulsá-los por sua objeção de fé às exigências da Covid”, disse Smith ao The Christian Post.
Smith fez referência ao caso dos 26 Navy SEALs que moveram uma ação judicial contra o Departamento de Defesa por terem sido dispensados do serviço militar ao recusarem a vacinação obrigatória contra a COVID-19, alegando objeções de cunho religioso. Um dos envolvidos, Phil Mendes, participou no mês passado da primeira reunião da Força-Tarefa para Erradicar o Preconceito Anticristão no Governo Federal, coordenada pela procuradora-geral Pam Bondi.
Durante o evento no Pentágono, também falou o pastor Brooks Potteiger, da Pilgrim Hill Reformed Fellowship, igreja de Hegseth fundada em 2021 em Goodlettsville, Tennessee. Potteiger orou por autoridades do país, destacando o ex-presidente Donald Trump. “Oramos pelos nossos líderes que o Senhor soberanamente nomeou — pelo Presidente Trump, obrigado pela maneira como o Senhor o usou para trazer estabilidade e clareza moral à nossa terra. E rezamos para que o Senhor continue a protegê-lo, a abençoá-lo e a lhe dar grande sabedoria”, disse.
A igreja de Potteiger é filiada à Comunhão das Igrejas Evangélicas Reformadas (CREC), cofundada por Douglas Wilson em 1998. A denominação alterou seu nome em 2011 para evitar associação com a Confederação.
O episódio remete à liberdade de expressão e de culto garantida pela Primeira Emenda, que protege atos como o realizado por Hegseth.

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