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Suíça vê queda no protestantismo com apostasia crescente
Relatório aponta que o número de “não religiosos” atinge um novo recorde na Suíça.
Suíça registra aumento do grupo não religioso e pode se tornar o maior grupo em breve, revelam as mais recentes estatísticas divulgadas pelo Escritório Federal de Estatísticas em junho de 2023. De acordo com o relatório baseado nos números finais de 2021, o número de “não religiosos” atinge um novo recorde no país dos reformadores protestantes Jean Calvin e Huldrych Zwingli.
Nesse sentido, os suíços que não se identificam com nenhuma religião agora representam 32,3% da população. Em 1970, apenas 1,2% afirmavam não ter religião; em 2000, esse número subiu para 11,4%. Desde o início do novo século, o número triplicou. Entre os cidadãos sem afiliação religiosa, 38% se identificam como ateus e mais de um quinto como agnósticos.
Ainda assim, 30% das pessoas não religiosas admitem acreditar em alguma forma de poder superior. As estatísticas mostram que, enquanto os que se identificam como católicos romanos em 2021 (32,9%) caíram 5,7% em comparação com 2010, a queda é ainda mais nítida entre os que se identificam como protestantes ou reformados (21,1%), com 6,9% a menos do que em 2010.
Desse modo, muitos suíços que pertencem às igrejas históricas nacionais não praticam sua fé. Cerca de 40% dos protestantes reformados e 30% dos católicos romanos dizem que nunca oram. Metade dos principais protestantes reformados frequentam um culto religioso menos de 5 vezes por ano. Já os católicos romanos vão à igreja uma vez por mês ou a cada dois meses.
Além disso, o relatório do Escritório de Estatísticas aponta que 93% das “outras comunidades evangélicas” acreditam em um único Deus (em comparação com 40% dos protestantes reformados). Os evangélicos livres também oram com mais frequência do que outras religiões: 30% oram várias vezes ao dia e 54% oram quase todos os dias.
Da mesma forma, a frequência aos locais de culto dos evangélicos livres é a mais alta entre as pessoas religiosas, 68% dos membros de outras comunidades evangélicas frequentam um serviço religioso pelo menos uma vez por semana.
Por fim, mais da metade (53%) concorda que “a religião ou espiritualidade desempenha um papel bastante ou muito importante em momentos difíceis da vida”. A pesquisa conclui que 40% da população com 15 anos ou mais afirmam que a religião ou espiritualidade é importante em sua atitude em relação ao meio ambiente e 42% na criação dos filhos.
“As áreas da vida em que a religião ou espiritualidade são menos importantes são a vida profissional (21%), decisões em referendos ou orientação política (14%), sexualidade (16%) ou hábitos alimentares (14%)”, conclui o relatório, de acordo com Evangelical Focus.
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