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A Lionsgate será a distribuidora oficial de A Ressurreição de Cristo, sequência do filme A Paixão de Cristo, dirigido por Mel Gibson. O anúncio foi feito na quarta-feira, 15 de maio, em comunicado conjunto do cineasta e do estúdio. A produção será realizada pela Icon Productions, empresa fundada por Gibson e Bruce Davey. A nova colaboração mantém a relação estabelecida entre a Lionsgate e Mel Gibson, que já rendeu títulos como Até o Último Homem — indicado ao Oscar — e o suspense Risco de Voo, estrelado por Mark Wahlberg. “Para muitas, muitas pessoas em todo o mundo, A Ressurreição de Cristo é o evento teatral mais aguardado de uma geração. É também um filme teatral inspirador e espetacularmente épico que deixará os espectadores do mundo todo sem fôlego”, declarou Adam Fogelson, presidente do Lionsgate Motion Picture Group. “Mel é um dos maiores diretores da nossa época, e este projeto é profundamente pessoal para ele e a vitrine perfeita para seus talentos como cineasta.” Gibson elogiou a conduta da empresa e afirmou estar seguro quanto à entrega do projeto. “O espírito corajoso e inovador da Lionsgate e sua atitude ágil e proativa me inspiram há muito tempo, e eu não poderia pensar em um distribuidor mais perfeito para A Ressurreição de Cristo”, afirmou. “Conheço a engenhosidade, a paixão e a ambição que toda a equipe dedica aos seus projetos.” As filmagens estão programadas para começar em agosto nos Estúdios Cinecittà, em Roma, mesmo local onde A Paixão de Cristo foi rodada em 2004. A produção também utilizará locações na cidade de Matera e em outras localidades tradicionais da Itália, como Ginosa, Gravina Laterza e Altamura. Jim Caviezel interpretará novamente Jesus Cristo. O elenco contará ainda com Maia Morgenstern (Maria) e Francesco De Vito (Pedro). Em entrevista ao podcast Joe Rogan Experience, Gibson afirmou que o roteiro da nova produção é “uma viagem de ácido”, explicando que “nunca leu nada parecido”. O diretor planeja usar tecnologia de rejuvenescimento facial para Caviezel, que atualmente tem 56 anos. O ator, por sua vez, revelou que está utilizando o livro Cartas de um Diabo a seu Aprendiz, de C.S. Lewis, como parte da sua preparação espiritual. “Eu me esforcei demais no último filme. Desta vez, eu realmente quero viver o momento. Quero aproveitar este”, disse Caviezel, referindo-se ao impacto emocional do projeto anterior. Sobre os desafios da nova obra, o ator declarou: “Isso é uma guerra... O mundo não gostou de A Paixão de Cristo, e isso é bom. Então, fizemos um bom trabalho.” Lançado em 2004, o filme arrecadou mais de US$ 610 milhões mundialmente, com um orçamento estimado em US$ 30 milhões, e se tornou a maior bilheteria de todos os tempos entre filmes classificados como R nos Estados Unidos. “Acho que se você tocar nesse assunto, vai fazer as pessoas se interessarem, porque, claro, é um assunto amplo”, afirmou Gibson a Rogan. “A ideia era que todos somos responsáveis por isso, que o Seu sacrifício foi por toda a humanidade, por todos os nossos males e por todas as coisas da nossa natureza decaída. Foi uma redenção, então você sabe, e eu acredito nisso.” Gibson também comentou sobre o papel central da ressurreição na fé cristã: “Quem se levanta três dias depois de ser assassinado em público? ... Buda não fez isso.” Segundo ele, essa parte da história “requer mais fé e mais crença” por parte do público. Em declaração anterior ao The Christian Post, em 2022, Gibson explicou que sempre se sentiu atraído por narrativas de redenção. “Estamos quebrados e precisamos de ajuda. Normalmente, a melhor maneira de obter ajuda é pedindo. E, bem, a quem pedimos? Estamos pedindo algo melhor do que nós”, refletiu o diretor. “E no minuto em que você reconhece que existe algo melhor do que você, pode receber algo que se assemelha à humildade, que é realmente a chave para tudo”.