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Um dia antes de ser encontrado morto, pastor revelou qual era seu temor

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Um dia antes de ser encontrado morto, pastor revelou qual era seu temor

O pastor Praveen Pagadala, de 46 anos, evangelista e apologista cristão de destaque no sul da Índia, foi encontrado morto na madrugada de terça-feira, 25 de março, em uma estrada entre as cidades de Hyderabad e Rajahmundry, no estado de Andhra Pradesh. Um dia antes ele revelou ter temor por sua vida.

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O caso, inicialmente registrado como acidente de trânsito, passou a ser investigado como possível homicídio após crescente pressão pública e denúncias de ameaças anteriores.

Segundo informações do UCA News, o corpo do pastor foi localizado na beira da estrada em circunstâncias ainda não esclarecidas. Pagadala havia participado de uma reunião de oração no dia anterior e, conforme relatado pela Missão Portas Abertas no Reino Unido, vinha expressando preocupação com sua segurança devido a ameaças que teria recebido por conta de sua atuação evangelística e críticas públicas a outras religiões.

Comunidade cristã exige investigação imparcial

A morte do pastor causou comoção e gerou manifestações em diversas regiões do estado. Na quarta-feira (26), centenas de cristãos se reuniram em frente ao Hospital Geral do Governo, em Hyderabad, exigindo a realização de uma autópsia e a apuração completa dos fatos. A pressão pública levou as autoridades hospitalares a realizarem o exame post-mortem, cujos resultados ainda não foram divulgados.

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O caso também mobilizou lideranças cristãs e autoridades políticas. Anthoniraj Thumma, sacerdote católico e conselheiro da Federação das Igrejas Telugu, afirmou que há diversos elementos que indicam a possibilidade de crime. Ele destacou que o pastor costumava participar de debates televisivos e questionou o fato de estar viajando de motocicleta à noite, mesmo possuindo um carro. “Essas inconsistências precisam ser investigadas com seriedade”, afirmou Thumma, pedindo que as imagens de câmeras de segurança (CFTV) da região sejam analisadas e testemunhas locais ouvidas.

Já o pastor Karunanidhi Indupalli, secretário da mesma federação, revelou que Pagadala havia confidenciado a seus seguidores que vinha recebendo ameaças de morte. O pastor V. David Naveen, presente nos protestos, declarou que “as circunstâncias da morte do pastor representam um golpe à harmonia comunitária”.

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Autoridades estaduais reagem à pressão

Diante da repercussão do caso, o Ministro-Chefe N. Chandrababu Naidu ordenou a abertura de uma investigação formal. Foi designada uma equipe investigativa especial, e uma investigação por parte de um magistrado executivo também foi determinada para esclarecer o ocorrido.

O ex-ministro-chefe YS Jagan Mohan Reddy expressou publicamente seu pesar e pediu uma apuração “imparcial e transparente” para determinar a verdade sobre a morte do pastor. “É essencial que haja justiça e que a paz seja preservada”, declarou.

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Legado de fé e compromisso

O pastor Praveen Pagadala era uma figura proeminente na comunidade cristã do sul da Índia. Reconhecido por seu rigor intelectual, era frequentemente convidado para eventos de apologética, além de ser autor de livros e materiais de ensino cristão. Descrito como uma “voz poderosa” pelo evangelista KA Paul, Pagadala deixa sua esposa e dois filhos pequenos.

Em meio à comoção, líderes religiosos têm feito apelos por oração, justiça e paz. A United Christian Forum, organização cristã sediada em Déli, registrou mais de 800 incidentes de ameaças ou ataques contra cristãos na Índia somente no último ano. Segundo dados do censo, os cristãos representam cerca de 2,3% da população indiana, enquanto os hindus correspondem a aproximadamente 80%.

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Reflexão e contexto

A Bíblia ensina que “bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus” (Mateus 5:10). Para muitos fiéis, a trajetória do pastor Pagadala é vista como exemplo de fidelidade em meio às adversidades.

A comunidade cristã na Índia, embora minoria, continua a desempenhar papel ativo na vida social e espiritual do país, mesmo diante de desafios crescentes relacionados à liberdade religiosa e à segurança de seus líderes.

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O caso segue em investigação. As autoridades ainda não divulgaram um prazo para a conclusão do inquérito.

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