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Arqueólogo cristão prova exatidão da Bíblia para colegas céticos

Ben Yosef diz que Israel pode ter permanecido seminômade.

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Estátua do Rei Davi em Israel. (Foto: Neto Gregório / Gospel Prime)

Um debate de longa data entre arqueólogos sobre a historicidade da Bíblia, que gira em torno de se Davi era ou não um monarca real governando sobre um reino unificado, agora encontra uma nova teoria que reforça a veracidade da Bíblia Sagrada.

Os argumentando são de que, na época, Israel era seminômade e não deixaria para trás restos arqueológicos de enormes estruturas de pedra.

O professor Erez Ben-Yosef, da Universidade de Tel Aviv, publicou recentemente um artigo no Jornal de Arqueologia que desafiou arqueólogos que afirmam que o relato bíblico do rei Davi é impreciso. Em seu artigo, ele afirma que os arqueólogos têm um “viés arquitetônico” no qual baseia a existência de uma antiga monarquia em ruínas significativas.

Este viés tem sido um aspecto importante da escola minimalista de arqueologia que afirma que o rei Davi era um personagem insignificante na história, mais um chefe tribal do que um monarca regional.  Como resultado, a escola minimalista rejeita a narrativa bíblica de que os reinos do norte e do sul unidos  foram governados por Davi, sustentando que o Reino de Judá só começou a estender seu domínio sobre a região no século IX a.C. Eles têm uma leitura crítica da Bíblia, rejeitando sua historicidade.

Tradicionalistas, também chamados de maximalistas, afirmam que as descrições bíblicas de um complexo e poderoso Reino Davídico baseado na Judéia no século X a.C. são precisas. Críticos do relato bíblico referido como a escola minimalista, dizem que o rei Davi era um personagem muito menos influente na história e o Reino de Judá só começou a estender seu domínio sobre a região no século IX a.C.

Davi rei

Em seus estudos na escavação na Mina de Cobre, em Timna, Ben-Yosef conclui que a sociedade representada lá era um reino edomita, não sedentário.

“Se esses nômades não tivessem se envolvido na mineração, criando campos de fundição, poços de minas e milhares de toneladas de resíduos industriais, não saberíamos nada sobre eles”, diz ele. “Talvez com uma pesquisa especializada pudéssemos encontrar alguns restos de tenda, mas na melhor das hipóteses ainda poderíamos apenas dizer que havia alguns nômades lá, não saberíamos nada da  política e da sociedade sofisticada que eles criaram”, disse.

Com base nesse precedente, Ben-Yosef afirmou que, sem um viés arquitetônico, há amplas evidências de que a região era um reino unificado há 3.000 anos sob o domínio de um monarca. A falta de artefatos arquitetônicos, sugere Ben-Yosef, seria justificado por a população ser pelo menos parcialmente nômade. Apesar dessa natureza nômade, as tribos eram sofisticadas, poderosas e unificadas.

“Tanto os arqueólogos críticos quanto os conservadores pensam da mesma maneira: se encontrarmos um grande muro, o reino de Davi era grande e se não encontrarmos um grande muro, o reino de Davi era muito pequeno”, diz ele. “Todos estão seguindo o mesmo equívoco, baseado em um enorme preconceito sobre nômades na região, que geralmente são comparados aos beduínos modernos e são vistos como incapazes de criar estados sofisticados sem se estabelecer e construir grandes cidades.”

Ben Yosef compara o rei Davi a Genghis Khan, o imperador mongol. Embora Genghis Khan tenha sido, sem dúvida, o líder mais influente de sua época, governando sobre um reino substancial, há pouca prova arqueológica de sua existência.

“A lição aqui não é que Davi era como Genghis Khan – mas que a arqueologia não é a ferramenta adequada para estudar polidades nômades, e temos que confiar principalmente em evidências textuais”, conclui Ben-Yosef.

Ampla evidência para o Rei Davi

De acordo com o Israel 365 News, o Dr. Scott Stripling, reitor do The Bible Seminary em Katy (Texas) que tem estudado as areias de Israel por mais de 20 anos, usando a Bíblia como guia,  e está agora escavando em Shiloh, que ele supõe ser a verdadeira localização do Tabernáculo, os argumentos de Ben-Yosef são convincentes. 

“Por muito tempo, tivemos esse debate”, disse o Dr. Stripling. “O minimalista sustenta que o relato histórico dado a nós na Bíblia não é um relato preciso desde a época do Êxodo até a época da Monarquia Unida. Não concordo com os minimalistas neste ponto. Acho que temos evidências abundantes do Reino Unido em Israel centradas em torno do período do ferro I.”

“Na arquitetura eu acredito que deveríamos ir do conhecido para o desconhecido. Então o que sabemos é que a Pedra Moabita na Núbia contém hieróglifos do século XIV a.C. referindo-se a “Yahweh na terra dos Šosū-nômades”. Então já temos evidências de uma pessoa acreditando em uma entidade chamada Yahweh na região. Temos provas escritas abundantes da idade do ferro”, disse.

Stripling se refere a Estela de Tel Dã, descoberto em 1993, que data do século IX a.C. A estela detalha que um indivíduo matou Jeorão, filho de Acabe, rei de Israel e rei da casa de Davi. A estela é geralmente aceita pelos estudiosos como genuína e uma referência à Casa de Davi. Ele também se referiu à escavação na cidade de Davi, em Jerusalém.

“Há certamente evidências de que, mesmo naquela época, Israel permaneceu seminômade. Há evidências de inscrição e evidências arquitetônicas Estou convencido de que há evidências de que em alguns locais, como a escavação que estou trabalhando em Shiloh. Há toneladas de cerâmica, ossos e outras evidências de que havia muitas pessoas vivendo ao redor do local, mas poucos restos de habitações. Parece claro que muitas pessoas estavam vivendo ao redor do local central em tendas, tornando-o muito maior do que pareceria se estivéssemos apenas seguido pela arquitetura”, observou.

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