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estudos bíblicos

O que a Bíblia diz sobre dízimos e ofertas

Estudo bíblico sobre o dízimo e as ofertas com base no Antigo e Novo Testamento explorando a questão se eles são válidos para hoje.

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Pote de moedas. (Foto: Eric Muhr on Unsplash)

A mordomia dos dízimos e das ofertas na igreja local

Como deve ser a entrega dos dízimos e das ofertas na igreja local?

O Novo Comentário Bíblico [3] traz ponderações importantes acerca do dízimo e das ofertas administrados pelos cristãos. Transcrevemos abaixo numa lista de seis pontos:

(1) Como cristãos, nosso compromisso com a Lei do Antigo Testamento, que foi dada a priori a Israel, está relacionada a Cristo;

(2) Nossas doações precisam nascer de nosso amor por Cristo, não por obedecermos a um padrão que especifica uma percentagem. Quando o primeiro dízimo na Bíblia foi dado por Abraão (Gn 14.17-20), este o fez como expressão de gratidão por Deus tê-lo livrado numa guerra. O amor e a adoração a Deus é a razão principal do dízimo ao longo das Escrituras;

(3) Tudo o que temos, na verdade, vem de Deus e pertence a Ele, não apenas o que damos, mas também o que mantemos conosco. Portanto, Ele tem todo o direito sobre os 100%de nossa renda, não apenas sobre os 10%;

(4) Entregar os 10% já é um grande começo. No entanto, estudos indicam que, de um modo geral, os cristãos não dão nem essa parcela de seu salário. Na verdade, por mais que a renda per capita tenha aumentado, os cristãos têm contribuído cada vez menos em suas igrejas; [por favor, releia este ponto atentamente! E reflita]

(5) O Novo Testamento deixa bem claro que o obreiro cristão vocacionado para o ministério tem direito à ajuda financeira daqueles que ministram (1Co 9.13,14; Gl 6.6). Além disso, muitas igrejas e outros ministérios ajudam os pobres, os órfãos, as viúvas e os estrangeiros. Portanto, nada mais justo do que esperar que os cristãos deem ofertas financeiras para ajudar nessas causas.

(6) Independente de quanto damos ou para quem damos, Mateus 23.23 diz que nossa prioridade deve ser nos assegurarmos de que haja justiça entre nós, que demonstremos misericórdia a nossos semelhantes e coloquemos em prática nossa fé, então apenas falemos dela.

Ressaltamos ainda que, mantendo-se o padrão de Abraão que entregou os dízimos ao sacerdote Melquisedeque, dos judeus no período da Lei que deveriam levar os dízimos e ofertas aos levitas, e dos cristãos que “depositavam tudo aos pés dos apóstolos”, cremos e ensinamos que os dizimistas e ofertantes de hoje devem também confiar aos líderes da igreja a administração de seus dízimos e ofertas, as quais, como já dissemos, deverão ser aplicadas ao socorro dos necessitados e dos ministros que trabalham exclusivamente no serviço santo, à manutenção do culto e à expansão da obra missionária. Não é coerente que o próprio ofertante ou dizimista administre a bel prazer suas contribuições, ainda que possa direcionar ofertas específicas a pessoas ou instituições, desde que não cometa injustiça contra sua própria igreja local.

Por fim, ressaltamos três princípios fundamentais na contribuição dos dízimos e ofertas: (1) o princípio da REGULARIDADE, isto é, com a mesma regularidade com que os ganhos chegam as nossas mãos, devemos reparti-los com nossa igreja local, já que o trabalho da igreja é incessante; (2) o princípio da PROPORCIONALIDADE, bem como ensinado pelo apóstolo Paulo: quem tem mais dá mais, quem tem menos, dá menos; (3) VOLUNTARIEDADE, isto é, dar com alegria e amor, não com pesar, como se o fizesse por obrigação. “Deus ama ao que dá com alegria” (1Co 9.7).

Conclusão

Que tenhamos senso de responsabilidade com nossas igrejas locais, onde nos nutrimos regularmente da comunhão, das orações, dos louvores e das pregações. Sejamos solidários com os ministros vocacionados para o trabalho exclusivo na obra do Senhor, bem como com as famílias missionárias que dependem de nossa generosidade para permanecerem trabalhando no campo missionário. Demonstremos em atitudes nosso amor para com os necessitados, tomando parte nos programas de assistência social de nossas igrejas locais.

Na pior das hipóteses, se sua igreja não administra corretamente as finanças, não tem programas missionários nem desenvolve projetos de assistência social e mal utiliza os fundos para enriquecimento de algumas lideranças, então o que você deve fazer não é deixar de ser um fiel contribuinte, mas pedir desligamento do rol de membros desta igreja e buscar uma onde Deus seja honrado e as pessoas sejam amadas.

Referências

[1] William Greathouse. Comentário Bíblico Beacon, vol. 5, CPAD, p. 366
[2] R.N. Champlin, Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia, 11° ed., vol. 2, Hagnos, p. 203
[3] O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento, Central Gospel, p.69

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