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Eustáquio diz que foi agredido por agentes penitenciários

Jornalista está preso por determinação de Alexandre de Moraes.

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Oswaldo Eustáquio
Oswaldo Eustáquio (Foto: Reprodução/YouTube)

Preso por motivos desconhecidos desde o dia 21 de dezembro do ano passado, o jornalista Oswaldo Eustáquio enviou uma carta denunciando estar sofrendo agressões, maus-tratos e ameaças por parte de agentes penitenciários que acompanham sua rotina no Hospital Regional de Paranoá, em Brasília.

Eustáquio está internado no hospital para tratar sequelas de uma queda sofrida dentro do Complexo Penitenciário da Papuda, também na capital do país. Ele afirma que os policiais teriam o acusado de buscar ser resgatado através de uma possível “trama”.

“Fui questionado pelo policial se eu tinha um primo com Gol branco. Informei que meus primos não vivem no DF [Distrito Federal]. O policial estava em conversa com o seu adjunto, Renan, que desconfiou de um possível resgate. Acham que havia uma trama para uma suposta fuga”, escreveu.

Ele afirma que solicitou que fosse feita uma ocorrência na Polícia Militar, mas que os agentes não quiseram fazer, denunciando que os mesmos não estariam preocupados com a sua integridade física. “Quando descartou a pífia desconfiança de fuga, ignoraram a situação; mesmo com o risco eminente de ser uma emboscada”, relatou.

O jornalista disse também que Renan seria um “esquerdista declarado”, acusando o agente de prevaricação ao não avisar a polícia sobre o ocorrido envolvendo o veículo branco.

Eustáquio relatou também episódios de violência psicológica e física que vem sofrendo por um agente denominado por ele como “Pacheco”, que seria um policial da Papuda. Ele disse que no último domingo, 17 de janeiro, o tal policial o chutou nas pernas, quando ele estava na cadeira de rodas, por duas vezes.

Oswaldo Eustáquio relatou que a agressão foi motivada por conta de uma ida da esposa do jornalista, Sandra Terena, que levou até a recepção do hospital uma sunga para que ele iniciasse o tratamento de hidroterapia. Pacheco teria impedido a entrega do material.

Depois do ocorrido, Eustáquio diz que o próprio policial pediu para ser afastado, avisando o seu chefe no presídio. O agente teria usado, indevidamente, o nome da juíza de Execuções do Distrito Federal, Leila Cury, para justificar as agressões físicas e morais a Eustáquio.

“Durante a madrugada, eles gritavam e davam risada, regozijando-se e celebrando a agressão ter sido abafada. Entraram no quarto e começaram a zombar de mim. “Cadê o Bolsonaro? Você está preso, e eu sou o Estado, e meu papel é transformar sua vida em um inferno”, disse o tal agente, colega de Pacheco, recusando-se a dizer o nome”, contou Eustáquio.

O jornalista diz que o agente ameaçou acabar com ele na prisão, quando ele retornar para a carceragem, dizendo para ele que teria falado com o Secretário de Segurança do DF para que Eustáquio seja prejudicado.

“Procure meu nome no relatório que vai te ferrar. Já falei com o Anderson, Secretário de Segurança do DF, e ele disse que vai falar com a Dra. Leila Cury para te ferrar e indeferir todos os teus pedidos. Você ficará sem visita da família e vamos proibir a entrada do seu advogado. Vamos “arrochar” o Hospital para diminuir seu tempo de tratamento e, lá, no presídio, vamos acabar com você”, teria ameaçado o agente desconhecido.

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