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Piper: evitem a embriaguez, busquem a plenitude do Espírito

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John Piper desafia cristãos a lerem a Bíblia inteira em 2025

Em um episódio recente do podcast Ask Pastor John, o teólogo John Piper, de 79 anos, orientou adolescentes cristãos a não se aproximarem do pecado sob qualquer forma, incluindo a chamada “embriaguez leve”, e a buscarem, em vez disso, a plenitude do Espírito Santo como caminho para a verdadeira intimidade com Deus.

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A reflexão surgiu em resposta à pergunta de um jovem anônimo, que se identificou como cristão e relatou consumir álcool “de vez em quando”, sem perder o controle ou agir de forma imprudente. “Sou um adolescente cristão tentando me aproximar de Deus”, escreveu ele. “Quando estou bêbado, mantenho o controle e até oro pedindo a ajuda de Deus para tomar boas decisões.”

Piper destacou, inicialmente, o aspecto positivo da busca espiritual do adolescente. “O mais encorajador nessa pergunta é que esse jovem diz: ‘Sou um adolescente cristão tentando me aproximar de Deus’. Isso é encorajador porque a Bíblia diz: ‘Cheguem perto de Deus, e ele se chegará perto de vocês’ (Tiago 4:8)”, afirmou.

Contudo, o pastor reformulou o foco da questão: “Você está realmente perguntando (ou deveria perguntar): ‘Ficar um pouco bêbado de vez em quando me aproxima de Deus?’”, disse Piper. Ele explicou que, historicamente, o cristianismo não associa estados alterados de consciência ao crescimento espiritual, diferentemente de certas religiões que fazem uso ritual de substâncias para experiências místicas.

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Baseando-se em Efésios 5, Piper enfatizou que a Escritura valoriza a clareza mental, a vigilância e a sabedoria, destacando o contraste entre embriaguez e a plenitude do Espírito. “Não se embriaguem com vinho, pois isso leva à libertinagem, mas deixem-se encher pelo Espírito”, citou (Efésios 5:18). Para ele, estar cheio do Espírito é ser conduzido a uma sensibilidade espiritual que eleva, e não entorpece, as faculdades humanas.

“A embriaguez entorpece as próprias faculdades que Deus deu para o desfrute de Cristo”, declarou. Ele também frisou que o Espírito Santo não substitui a mente humana, mas a desperta para um discernimento mais profundo.

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Piper rejeitou a lógica de calcular “quão próximo do pecado” alguém pode chegar sem cair. “É como perguntar: ‘Posso dirigir um carro quando estou com um pouco de sono?’”, exemplificou. Segundo ele, a verdadeira pergunta de um cristão deve ser: “Quão cheio posso ser do Espírito Santo?”, e não “quão próximo posso chegar do pecado?”.

Em sua conclusão, Piper fez referência a Gálatas 5:19-21, que lista as obras da carne, entre elas a embriaguez, como barreiras à entrada no Reino de Deus. “Você não diz: ‘Bem, posso ter um pouquinho de inveja? Posso ter um pouquinho de raiva?’. Você simplesmente não faz essas perguntas, não se o seu objetivo é realmente estar o mais próximo possível de Deus”, afirmou.

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Embora as interpretações sobre o consumo de álcool variem entre igrejas, há consenso entre muitos pastores quanto à proibição bíblica da embriaguez. O evangelista Greg Laurie escreveu em 2012 que, embora não condene quem bebe com moderação, pessoalmente opta por se abster. “Como Paulo disse aos crentes de Corinto: ‘Tenho o direito de fazer qualquer coisa’ — mas não me deixarei dominar por nada (1 Coríntios 6:12)”, escreveu. “Se você não beber, nunca ficará bêbado. Se beber, poderá ficar bêbado. Vale a pena o risco?”

Em 2018, Patrick Nelson, presidente do Seminário Teológico Dort, também reforçou esse entendimento. “A Bíblia não proíbe expressamente o consumo de álcool”, disse ele ao The Christian Post. “Mas nos proíbe de ficarmos bêbados por beber álcool.” Nelson lembrou que Jesus transformou água em vinho (João 2:1–11), mas também ensinou com clareza sobre os perigos da embriaguez.

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Segundo ele, os efeitos do vício vão além do indivíduo. “A embriaguez e o vício são pecados aos olhos do Senhor, e seus efeitos podem ser devastadores não apenas para a pessoa, mas também para aqueles ao seu redor.”

Piper concluiu sua resposta incentivando os jovens a buscarem não apenas a abstinência por obrigação, mas a comunhão com Deus por meio da santidade e do domínio próprio, frutos da atuação do Espírito.

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