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Pastor impediu linchamento de bandido antes de sequestro

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Pastor impediu linchamento de bandido antes de ser sequestrado

Meses antes de ser sequestrado à mão armada durante um culto em sua igreja, o missionário americano Josh Sullivan, de 34 anos, relatou ter sido vítima de um assalto em Motherwell, município pobre próximo à cidade costeira de Gqeberha, antiga Port Elizabeth. Ele precisou impedir linchamento do bandido pela multidão.

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O relato, feito no final de 2023, revelou um episódio de perdão e pregação pública do Evangelho. O roubo aconteceu quando Sullivan encerrava um evento de testemunho ao ar livre em frente à Igreja Batista Fellowship, fundada por ele em 2020:

“Eu estava parado na esquina da rua, esperando minha esposa terminar de falar com alguém, quando alguém me distraiu e outro homem pegou minha carteira. Quando percebi, ele já estava correndo pela rua”, relatou o missionário durante um sermão na Igreja Batista Tri-City, nos Estados Unidos, em dezembro passado.

Sullivan contou que conseguiu identificar o assaltante com ajuda de vizinhos. O jovem, de cerca de 20 anos, foi encontrado com a carteira e devolveu o objeto. O missionário o perdoou após conversar com a família do rapaz. No entanto, a comunidade local queria aplicar justiça com as próprias mãos: “Uma mulher me perguntou: ‘Vamos queimá-lo?’”, disse.

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Ao perceber a seriedade da ameaça, Sullivan interveio: “Subi numa pedra em frente a 200 pessoas e disse: ‘Eu o perdoei. Não quero que ninguém o machuque. Somos todos pecadores’”. Na ocasião, ele pregou para a multidão reunida.

A história voltou à tona após o sequestro de Sullivan na noite da última quinta-feira, 4 de abril. De acordo com a polícia sul-africana, seis homens armados invadiram a Igreja Batista Fellowship durante o culto e levaram o pastor, além de celulares e seu veículo. Desde então, ele permanece em cativeiro e os sequestradores pedem um resgate em valor não divulgado.

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Heather Shirley, secretária da Fellowship Baptist Church de Maryville, Tennessee, informou ao The Christian Post que, por razões de segurança, a igreja não revelaria o valor exigido e também não pôde confirmar se os sequestradores forneceram prova de vida. Sullivan e sua esposa, Meagan, fazem parte da equipe pastoral da igreja desde 2012 e foram enviados como missionários para a África do Sul em 2018, após uma experiência inicial de seis meses em 2015.

Segundo biografia publicada pela igreja, foi durante esse período inicial que o casal sentiu-se chamado ao ministério entre o povo xhosa. “Essa dedicação levou à fundação da Igreja Batista Fellowship no município de Motherwell — uma comunidade que se tornou o lar de seus corações”, diz o texto. O casal também adotou duas crianças xhosa durante sua permanência no país.

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Com fluência na língua local, conquistada após dois anos de estudo, Sullivan liderava uma igreja que atrai cerca de 80 membros semanalmente, chegando a reunir até 140 pessoas em ocasiões especiais. “Nossa igreja é a única igreja batista fundamentalista independente para todas as 400 mil pessoas desta comunidade”, explicou Sullivan em 7 de fevereiro, durante um vídeo publicado em seu vlog Faith on the Field.

O pastor Tom Hatley, líder da igreja em Maryville e mentor de Sullivan desde a juventude, disse no domingo (7) que conversou com Meagan e alguns dos filhos do missionário desde o sequestro. “Eles querem o pai e Meagan quer o marido”, declarou durante transmissão no Facebook. “Estamos orando por sua segurança, por um retorno seguro. Cristãos em todo o mundo estão orando.”

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Sullivan é descrito por sua igreja como ex-jogador de futebol americano de destaque na Maryville High School, onde fez parte de três equipes campeãs estaduais. Sua trajetória missionária se consolidou em Motherwell, com a plantação de igrejas e evangelismo ativo em uma região marcada pela pobreza e carência de serviços públicos.

A Igreja Batista Fellowship de Motherwell permanece ativa, enquanto familiares e fiéis seguem em oração pelo retorno de Sullivan. Até o momento, as autoridades locais não divulgaram novos desdobramentos da investigação, segundo informado pelo The Christian Post.

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“Perdoai-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores” (Mateus 6:12).

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