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Pesquisa revela que muitos cristãos não acreditam que a verdade exista

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Pesquisa revela que muitos cristãos não acreditam que a verdade exista

Uma nova edição do Inventário de Visão de Mundo Americana 2025, divulgada em 16 de maio pelo Centro de Pesquisa Cultural da Universidade Cristã do Arizona, revela que a maioria dos adultos nos Estados Unidos não acredita em uma verdade moral absoluta. A pesquisa, realizada em janeiro com 2.100 adultos, indicou uma ampla aceitação da ideia de que diferentes perspectivas sobre a verdade são igualmente válidas.

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Segundo os dados, 67% dos entrevistados concordaram com a afirmação de que “um ser humano maduro aceita diferentes visões de verdade como tão válidas quanto as suas próprias”. Essa visão é compartilhada por 69% dos não cristãos, 68% dos sem religião definida, 67% dos cristãos autoidentificados e 56% dos cristãos renascidos teologicamente identificados. O único grupo em que menos da metade aceitou essa premissa foram os “Discípulos Integrados”, com 31% de concordância.

A pesquisa define cristãos renascidos teologicamente como aqueles que acreditam que irão para o céu após a morte, exclusivamente porque confessaram seus pecados e aceitaram Jesus Cristo como Salvador. Já os discípulos integrados são descritos como adultos com uma cosmovisão bíblica, segundo critérios estabelecidos pelo levantamento.

Outras questões abordadas indicam que 58% dos americanos acreditam que pode haver visões morais conflitantes sem que haja erro em nenhuma delas. Entre os não cristãos, esse número sobe para 64%. A ideia é compartilhada por 56% dos cristãos autoidentificados, 47% dos renascidos, e apenas 6% dos discípulos integrados.

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Quando questionados sobre a mutabilidade da verdade moral com o tempo e entre culturas, 45% dos entrevistados acreditam que essa variação prova a inexistência de verdades morais absolutas. A visão é majoritária entre não religiosos (55%) e não cristãos (53%), mas rejeitada pela maioria dos cristãos renascidos (72%) e dos discípulos integrados (94%).

Outro dado relevante mostra que 33% dos adultos consideram moralmente aceitável mentir em casos de “menor consequência” para proteger interesses pessoais ou a reputação. A prática é mais aceita entre não cristãos (42%) e menos entre os discípulos integrados (4%).

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O professor George Barna, diretor do Centro de Pesquisa Cultural da universidade, comentou os resultados em nota pública, ligando a rejeição à verdade moral absoluta ao atual cenário de instabilidade social no país. “É impossível separar os valores fundamentais da América — como honestidade, respeito, serviço, responsabilidade, confiabilidade — das crenças sobre a verdade moral”, afirmou.

Segundo Barna, a crescente desconfiança entre os cidadãos, o declínio no respeito mútuo e a perda de senso de responsabilidade pessoal são consequências diretas da relativização da moralidade. “Tudo isso é consequência da crença crescente de que não existem verdades morais absolutas que nos unam e devam moldar nossas escolhas de vida para benefício pessoal e comunitário”, declarou.

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Ele ainda advertiu sobre os riscos culturais e políticos desse cenário. “Aceitar todas as verdades como igualmente válidas não pode deixar de cavar uma base profunda de caos, confusão e desamparo”, disse Barna, acrescentando que esse vazio pode levar ao surgimento de lideranças autoritárias que se apresentam como “árbitros da verdade para as massas”.

Barna observa que tais líderes frequentemente rejeitam absolutos morais em discurso, mas acabam impondo suas próprias convicções sob o pretexto de agir em benefício do povo. “Essas situações nunca são um bom presságio para o público”, declarou. Ele acredita que, ao final, a sociedade tenderá a buscar novamente fundamentos sólidos de moralidade: “O pêndulo da ideologia normalmente oscila de volta para as massas, que anseiam por um retorno a absolutos morais baseados em um padrão de liberdade individual dentro de limites morais definidos, compassivos e comprovados”.

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O pesquisador também refletiu sobre o papel das igrejas no atual contexto. Em sua avaliação, igrejas que não ensinam consistentemente sobre a confiabilidade das Escrituras e a natureza absoluta da verdade moral deixam de cumprir seu papel. “Igrejas que falham em ensinar persistentemente […] não são igrejas com propósito e poder bíblicos, mas meros peões da cultura”, afirmou.

Concluindo sua análise, Barna afirmou que a igreja precisa recuperar sua autoridade moral com base na verdade das Escrituras: “Um corpo cristão que hesita na verdade não tem credibilidade e não pode abençoar a nação como é chamado a fazer”.

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A defesa de uma verdade moral absoluta é um tema recorrente nas Escrituras. O livro de Provérbios declara: “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria” (Provérbios 9:10), e Jesus afirmou: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” (João 17:17). A pesquisa revela que, diante de uma sociedade cada vez mais relativista, permanece o desafio de reafirmar fundamentos bíblicos como pilares da vida pessoal e da convivência social.

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