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Procuradora-geral israelense tenta impedir Netanyahu de participar de reforma judicial

Carta de Gali Barharav-Miara a Benjamin Netanyahu gera diversas críticas contra seu posicionamento.

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O Ministro da Justiça israelense, Yariv Levin. (Foto: Menahem Kahana/AP)

Uma carta da Procuradora-Geral de Israel Gali Barharav-Miara ao Primeiro Ministro Benjamin Netanyahu dizendo que ele não pode estar envolvido na legislação de reforma judicial de seu governo por causa de seus próprios julgamentos de corrupção em andamento, gerou diversas críticas.

De acordo com a CBN News, Gali Barharav-Miara disse que queria evitar problemas de conflito de interesses. Logo,  o Ministro da Justiça Yariv Levin, patrocinador das reformas judiciais, sugeriu que a ação da procuradora-geral foi altamente hipócrita, especialmente porque a legislação da reforma judicial envolve sua posição.

“Parece que ‘conflito de interesses’ é uma besta muito estranha. Os funcionários eleitos publicamente não podem falar sobre suas reformas judiciais planejadas, mas o procurador-geral e sua equipe podem fazer o que quiserem na tentativa de frustrar essas reformas, aquelas que se relacionam diretamente com a esfera de sua autoridade”, disse.

Além disso, Ophir Katz, o presidente da Coalizão do governo, descreveu a decisão como “absolutamente absurda” e “uma tentativa de silenciar as pessoas”.

“O Primeiro Ministro Netanyahu foi às eleições com todas essas questões sendo apresentadas ao público em geral, incluindo a reforma judicial, e recebemos um mandato claro do público para implementar essas reformas”, disse.

Desse modo, até mesmo alguns críticos da proposta de reforma judicial expressaram hesitação em manter o primeiro-ministro fora da discussão, e o Ministro de Segurança Nacional Itamar Ben-Gvir sugeriu que o esforço poderia até acelerar a ação sobre a legislação de reforma.

“As ameaças não são o caminho para mudar as políticas e o governo não será intimidado. Se eles querem discurso, então isso é legítimo; no entanto, eles têm que entender que ameaças como essas só tornam o governo mais determinado a legislar as reformas o mais rápido possível”, apontou.

Por fim, na quinta-feira, Netanyahu apresentou uma resposta ao Alto Tribunal de Justiça de Israel descrevendo a posição como “inaceitável” e pedindo duas semanas para responder de forma mais completa.

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