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Deficiente mental, cristão é acusado de blasfêmia no Paquistão

A prisão de Zafar Iqbal Masih, um coletor de lixo cristão com deficiência mental, ocorrida em Lahore, no Paquistão, em 2 de novembro de 2024, reacendeu o debate internacional sobre o uso das leis de blasfêmia no país.
Acusado de queimar páginas do Alcorão, Zafar foi detido sob a Seção 295B da Lei Antiblasfêmia, em um caso que chamou a atenção para padrões de discriminação sistemática contra minorias religiosas e pessoas em situação de vulnerabilidade.
Os acontecimentos
Zafar, que trabalha coletando materiais recicláveis, foi acusado por um vizinho de queimar páginas do Alcorão ao realizar sua rotina de separação de resíduos. A esposa dele, Rubina, explicou que a queima de materiais não vendáveis fazia parte do trabalho diário. “Zafar é inocente. Por causa de sua condição mental e analfabetismo, ele não poderia cometer tal ato”, declarou Rubina à organização GCR, destacando os desafios de saúde mental enfrentados pelo marido nos últimos 13 anos.
Após a acusação, uma multidão invadiu a casa da família, agrediu Zafar fisicamente e só cessou a violência com a intervenção da polícia. A prisão gerou pânico entre os cristãos da região. “As casas estavam trancadas, e os cristãos da área desapareceram. Extremistas circulavam pelas ruas entoando ameaças”, relatou o ativista cristão Saleem Iqbal.
Outros casos
O caso de Zafar não é isolado. As leis de blasfêmia no Paquistão, criticadas internacionalmente, são frequentemente usadas contra minorias e pessoas marginalizadas:
- Junho de 2024: Jamila Jacob, uma mulher cristã de 60 anos com deficiência mental, foi presa sob acusações de blasfêmia e segue detida aguardando julgamento.
- 2012: Rimsha Masih, uma jovem de 14 anos com deficiência intelectual, foi acusada de blasfêmia, mas seu caso foi arquivado após pressão internacional.
Especialistas e ativistas apontam que tais acusações são frequentemente motivadas por disputas pessoais ou para intimidar comunidades minoritárias. O advogado de defesa de Zafar, Dr. Sharjeel Zafar, criticou a legislação como “discriminatória” e destacou a negligência em atender às solicitações de tratamento médico para seu cliente.
Apelos
A detenção de Zafar intensificou os apelos por mudanças nas leis de blasfêmia. Organizações de direitos humanos enfatizam a necessidade de salvaguardar os direitos das populações vulneráveis, especialmente pessoas que enfrentam múltiplas formas de discriminação, como pobreza, deficiência e religião.
Enquanto aguarda os próximos desdobramentos legais, Zafar permanece preso, simbolizando os desafios enfrentados por minorias religiosas no Paquistão, conforme informado pelo The Christian Post.

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